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António Pinho Vargas

António Pinho Vargas

Compositor, músico, ensaísta, António Pinho Vargas licenciou-se em História, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Completou o curso Superior de Piano no Conservatório do Porto e mais tarde obteve o Mestrado de Composição no Conservatório de Roterdão na Holanda, onde foi bolseiro pela Fundação Calouste Gulbenkian. É professor de composição na Escola Superior de Música de Lisboa desde 1991 e investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Completou o seu doutoramento em Sociologia da Cultura na Universidade de Coimbra em 2010. com uma tese intitulada Música e Poder: para uma sociologia da ausência da música portuguesa no contexto europeu.

Foi membro do conselho de fundadores da Casa da Música, e entre 1998 e 2001, foi membro do Conselho Consultivo do Porto 2001 - Capital Europeia da Cultura.

 

 

Discografia      
Gravou 9 discos de jazz como pianista/compositor incluindo os dois CDs duplos Solo (2008) e Solo II (2009) em piano solo. Foram já editados 4 discos monográficos com algumas das suas obras. Destacou-se como compositor clássico, sendo autor de 4 óperas, 2 oratórias, 9 peças para orquestra, 8 obras para ensemble, 18 obras de câmara, 7 obras para solistas e música para 5 filmes. Foi condecorado com a comenda da Ordem do Infante D. Henrique em 1995.
Ópera
Podem destacar-se as óperas Édipo, Tragédia de Saber (1996) Os Dias Levantados (1998) e Outro Fim (2008) os quartetos de cordas Monodia, quasi un Requiem (1993) e Movimentos do subsolo (2008), as obras para orquestra Acting Out (1998), A Impaciência de Mahler (2000), Graffiti [just forms] (2006), Six Portraits of Pain, para violoncelo solo e ensemble (2005) Um Discurso de Thomas Bernhard, para narrador e orquestra (2007) e a Suite para violoncelo solo (2008). Em 2011 estreou a obra sinfónica Onze Cartas para orquestra, três narradores (pré-gravados) e eletrónica e, em 2012, o Quarteto de Cordas nº3, Ouvertures and Closures, para orquestra e Requiem para Coro e Orquestra encomenda da Fundação Calouste Gulbenkian.

Livros

Publicou os livros Sobre Música: ensaios, textos e entrevistas (Afrontamento, 2002) e Cinco Conferências sobre a História da Música do Século XX (Culturgest, 2008) e, em 2011, o livro Música e Poder: para uma sociologia da ausência da música portuguesa no contexto europeu. (CES/Almedina).


Artigos

Participou em comunicações e encontros científicos e tem alguns artigos publicados em revistas científicas e actas de eventos.


Prémios

Recebeu em 2012 o Prémio Universidade de Coimbra, pela sua contribuição para a música contemporânea portuguesa e o Prémio José Afonso pelo disco Solo II.



Ligações:

URL: www.antoniopinhovargas.com

Dança dos Pássaros

Tom Waits

 

 

 

All'opera apresenta - OPERITIVO SEM CALORIAS

all'opera apresenta - OPERITIVO SEM CALORIASAll'opera apresenta:

OPERITIVO SEM CALORIAS

25  de ABRIL, às 14h30 e 17h30

Entrada Gratuita

Neste divertido espectáculo recheado de grandes êxitos da ópera que todos reconhecerão, será o público a escolher a ordem do 'menu' (ou seja, do programa), de acordo com o apetite! O famoso ‘Brinde’ de Verdi será o mote para comemorar 100 anos de Theatro Circo!

O espectáculo, de cerca de meia hora, é de entrada gratuita. 

“Cantamos no duche, cantamos no trânsito e desta vez cantamos enquanto o petisco ganha forma e sabor no forno. Mesmo sem mesa posta, o público é chamado a escolher e saborear os petiscos dos Chefs da All’Opera. Sai um Caldo Verdi, um Papageno bem passado, um Donizetti à Braga, um Puccini bem puxado para abrir ainda mais o apetite! Sim, é só de um Operitivo que se trata! E sem calorias, que a saúde pública é um bem essencial! Venham brindar connosco: Hip, hip, All’Operaaaa!!!!”

 

Programa:

Donizetti: Tous les trois réunis (A Filha do Regimento)
Mozart: Der Vogelfänger bin ich ja (A Flauta Mágica)
Mozart: Pa-pa-pa-geno (A Flauta Mágica)
Lehar: Lippen schweigen (A viúva alegre)
Puccini: O mio babbino caro (Gianni Schicchi)
Tosti: A vucchella
Rossini: Tarantella
Rossini: Ziiti, zitti, piano, piano (O Barbeiro de Sevilha) 
Verdi: Libiamo ne’ lieti calici (La Traviata)

All'Opera 

Somos uma companhia de ópera itinerante que tem por objectivo responder ao crescente apelo do público pelo género operático. O nome 'all'Opera' - expressão italiana que significa 'ao trabalho' - espelha a nossa enorme vontade de alterar e dinamizar o panorama português da ópera. Pretendemos:

  • democratizar o espectáculo da ópera, levando produções a novos públicos e locais tradicionalmente não associados a este tipo de espectáculo;
  • contribuir para a dinamização da actividade operática em Portugal;
  • contribuir para a formação de um público mais exigente;
  • afirmar a ópera como um espectáculo popular e não elitista.


A all’Opera estreou-se em Agosto de 2014, com enorme sucesso, no Festival de Música Xiquitsi, em Maputo – Moçambique, com o espectáculo ‘Il Maestro di Música’, a partir de composições de Auletta e Pergolesi.

Seguiu-se a estreia em Portugal com a ópera ‘Rita’ de Donizetti, com encenação de António Durães, apresentada, de seguida, em Espanha com o aplauso da crítica. Em 2015 a companhia estreou a versão de 'Rita' com orquestra, com uma parceria com a Orquestra Clássica do Sul.

Carlos Brito Dias compõe e encanta Bélgica

Entrevista de Carlos Brito Dias ao LusoJornal a 23/09/2013

Natural de Braga, o compositor português Carlos Brito Dias mora agora em Antuérpia onde frequenta o segundo ano de Mestrado no Conservatório daquela cidade.

Carlos Brito dias acedeu às perguntas do LusoJornal.

LusoJornal (LJ): A residir atualmente na Bélgica, o que mudou na sua vida?

Carlos Brito Dias (CBD): Apesar de estar ainda a iniciar o 2º ano de Mestrado, sinto que esta estadia ajudou-me a crescer, a ser melhor músico e a ver o mundo artístico de outra forma. Aqui tenho menos oportunidades como estudante, mas ainda mais oferta enquanto espetador.

LJ: Como descobriu a composição? Como tudo começou?

CBD: Gradualmente. Comecei a estudar música no Conservatório de Braga aos 6 anos de idade, e desde aí, estive sempre ligado à música erudita. Mais tarde, quando frequentava o 8º ano, tive a oportunidade de estudar ITC com o professor A. Ruiz. O gosto eo desejo de criar as minhas obras começou exetamente aí.

LJ: Quando contou em casa que queria viver da música o resto da sua vida, qual foi a reação?

CBD: Foi aceite de uma forma bastante natural. Sempre fui muito apoiado.

 

LJ: Com que época e compositor se identifica mais?

CBD: Recebo influência de tudo aquilo que ouço: Lobo, Beethoven, Mahler, Webern, Varése, Piazzola, Ligeti, Saariaho e Alva Noto.

LJ: O que acha do escasso número de obras editadas, publicadas e comercializadas em Portugal no últimos anos?

CBD: Sinto que está a mudar aos poucos. Tem havido uma maior aposta, mas não sei se é da melhor forma. Entristece-me saber que a maior parte das obras portuguesas ainda são de difícil acesso.

LJ: Tem obras editadas?

CBD: Ainda não.

LJ: Porque razão o resto do mundo tão continua tão distante dos grandes compositores portugueses?

CVB: A informação sobre a música portuguesa ainda não passa para fora do país como deveria. E não é por falta de qualidade...

LJ: Qual o seu compositor português de eleição?

CVB: L. Freitas Branco.

 

LJ: E a Obra?

CBD: "Pater Peccavi" de D. Lobo.

LJ: o que ouve em casa?

CBD:
Música erudita (século XVI e XIX-XXI), música portuguesa, Bossa Nova e Pop internacional.

LJ: Considera Portugal um país culturalmente ativo?

CBD: Penso que há um esforço para que assim seja.

LJ: Conhecendo  a dinâmica cultural da Bélgica, o que pensa entre este país e Portugal?

CBD: Aqui há mais aposta na arte, mais oferta...e maior respeito.

LJ: Acha que a arte é considerada prioridade em Portugal?

CBD: Não sinto isso. Continua-se a dar prioridade a outras coisas.

LJ: Porque é que a música erudita continua tão afastada do grande público?

CBD: Falta educação. É preciso que as pessoas tenham acesso à música erudita através das escolas e dos meios de comunicação.

 

LJ: Considera o mercado cultural belga acessível aos artistas portugueses?

CBD: Pelo que percebi o Fado, por exemplo, é muito apreciado aqui. Em relação à música erudita a questão é um pouco diferente. Apesar de haver bastante procura, a oferta também é muita, mas conhecendo a qualidade de alguns artistas portugueses, serão certamente bem recebidos.

LJ: Acha que os artistas portugueses, especialmente os músicos eruditos, têm o devido suporte e a promoção junto da Comunidade portuguesa no estrangeiro, da parte das entidades governamentais portuguesas?

CBD: Não.

LJ: Quais os próximos projetos?

CBD: Vão ser interpretadas algumas obras (muitas delas estreias) em Portugal e na Bélgica, nos próximos tempos.

LJ: Tem um suporte on-line onde os nosso leitores possam acompanhar a sua carreira?

CBD: Podem ouvir algumas das minhas obras no meu canal do youtube ou seguir-me no meu facebok (Carlos Brito Dias).

Maria João Gomes

Maria João GomesMaria João Gomes - Mezzosoprano

Natural do Porto, Maria João Gomes iniciou os seus estudos musicais com o Professor Mário Azevedo, na Escola de Música Caius. Conclui em 2009 o Curso Superior de Canto Teatral com elevadas classificações pelo que lhe foi atribuída uma Bolsa de Mérito por parte do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Estudou Piano na classe da Profª Licínia Guimarães.

Atualmente trabalha o seu aperfeiçoamento vocal com o tenor Manuel Soares. Frequentou Masterclasses com professores de renome como Sequeira Costa, Yuri Serov, Luis Magalhães, Jennifer Larmore e Enza Ferrari. Participou, no âmbito do 6º Festival Pézenas Enchantée, na masterclass de Viorica Cortez, com Michele Voisinet ao piano. Foi selecionada para as Masterclasses Internacionais de 2013 com Montserrat Caballé em Zaragoza.

Participou como membro do coro em várias óperas, tais como L’Enfant et les Sortileges de Ravel, A Flauta Mágica de W.A Mozart, Viúva Alegre de Franz Lehar, Amor de Perdição de João Arroyo ou Irene de Alfredo Keil. Foi Zweiter Knabe na Flauta Mágica, sob encenação de Carlos Otero, Ahmal em Ahmal e os Viajantes da Noite de Menotti e Miss Baggott em The Little Sweep de Britten. Cantou sob a direção dos maestros Lawrence Golan, Jose Miramontes Zapata, Lawrence Swinnerton, James Wood, Jesus Medina, Paul Hillier, Phillip Pickett, Christoph König entre outros, apresentando-se em Portugal (Casa da Música, Açores – Ponta Delgada, Coimbra, Aveiro, Porto, Peniche), Espanha (Pontevedra e Ponteareas) e França (Bourges e Toulouse).

Maria João Gomes em palcoColabora com o Coro Casa da Música e Coro de S. Tarcísio com quem já apresentou obras como Requiem e Missa da Coroação de Mozart, O Messias de Händel, Cantata BWV 140 de Bach, 9ª Sinfonia de Bethoven, Missa Crioula de Ariel Ramirez, Gloria de Vivaldi, Stabat Mater de Pergolesi, Stabat Mater de Arvo Pärt, À Colone de Xenakis, Litania de Clotilde Rosa, Cântico do Sol de Sophia Gubaidulina, Agnus Dei de Samuel Barber e The Armed Man: A Mass for Peace de Karl Jenkins entre outras.

É licenciada em Arquitetura pela Escola Superior Artística do Porto.

Ligações

facebook.com/pages/MariaJoaoGomes/

Apoios Bobina Studio

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